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Ufologia x Doutrina SUD

Ufologia x Doutrina SUD

Recentemente fui convidado à responder uma pergunta de um leitor da Revista UFO:

Prezado Gevaerd,

Sou um leitor e assisto praticamente todos os seus videos na internet.

Sou cristão, e membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, muito conhecida como os mórmons.

A pergunta que lhe faço é:

Você conhece a nossa doutrina? Em caso afirmativo acredita que suas idéias e nossa crença podem andar juntas.- 

… (o resto da pergunta é sobre casos de ufologia)

Agradeço desde já pela atenção e parabéns pelo seu maravilhoso trabalho.
Um abraço,

Segue minha resposta:

Ufologia x Doutrina SUD

Olá XXXX (nome escondindo),

Meu nome é Carlos Casalicchio, sou membro da Equipe UFO desde 2011 e minha maior atribuição é traduzir os palestrantes internacionais nos eventos organizados pela revista.

Também sou membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias desde 1991. Sou ativo, servi missão na Flórida, morei 6 anos e meio em Salt Lake City e participo da Ala Árvore Grande, na Estaca Sorocaba Brasil Barcelona.

O Gevaerd me encaminhou a primeira parte de sua pergunta por causa de nossas crenças comuns e com certeza posso afirmar que a Ufologia anda de mãos dadas com a doutrina SUD.

Gostaria de citar alguns exemplos:

  • Quando Deus criou a arca de Noé e o templo de Salomão, suas instruções foram claras e técnicas. (Gênesis 6: 9-22, I Reis 6) Mas, quando fez o homem, deixou muito vago a tecnicalidade de como se pareceriam (Gênesis 1:27).

Ufologia x Doutrina SUDIsso significa que não há regras exatas de como os homens devem se parecer. Esse ponto também se discute com relação às várias raças que existem em nosso próprio planeta, sejam brancos, índios, asiáticos, africanos, até aqueles que sofrem de síndrome de Down. Durante nossa história como raça humana, sempre fizemos distinção de quem era “à imagem de Deus”. Em nossas eras mais obscuras, fizemos guerras contra os muçulmanos, escravizamos os negros, queimamos mulheres na inquisição, etc. Hoje, percebemos que todos somos filhos do mesmo criador. Então, por que continuamos com a noção de que seres de outros planetas que tem aparência humanoide, embora diferentes de nós, não são à imagem de Deus?

Cientificamente falando, a simetria bilateral (http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/evolucao-animal-ocorreu-30-milhoes-de-anos-mais-cedo-do-que-se-acreditava) aponta ao fato que somos mais evoluídos que outros seres. Civilizações de outros planetas tem a mesma simetria bilateral.

  • No filme do templo, após a queda de Adão, Lúcifer afirma que “fiz somente aquilo que foi feito em outros mundos”.

Há outros pontos que poderiam ser mencionados, mas tentei dar exemplos simples que deixam claro que a doutrina da igreja aponta para essa realidade: Não estamos sozinhos! Aceito que sofro certo preconceito de membros de minha comunidade, mas estou seguro que sua ignorância será corrigida em breve.

O Evangelho na Internet e Mídias Sociais

O Evangelho na Internet e Mídias Sociais

O Elder M. Russel Ballard, em um discurso para os estudantes da BUY Havai, em Dezembro de 2007, disse:

“Este é o mundo do futuro, com invenções inimagináveis – do tipo que surgirão em sua época, assim como surgiram na minha. Como você usará essas maravilhosas invenções? Para ser mais direto, como você as usará para promover o trabalho do Senhor?

Você tem uma grande oportunidade de ser uma poderosa força para o bem na Igreja e no mundo. É verdadeiro o antigo adágio de que “a caneta é mais poderosa que a espada”. Em muitos casos, é com palavras que você realizará as grandes coisas que se dispôs a fazer. E é principalmente a respeito das maneiras de compartilhar essas palavras que eu quero conversar com você.”

Faço de suas palavras o tema de meu discurso: Como estamos usando a internet e mídias sociais para expor nossas crenças, opiniões e sentimentos. Mais especificamente, sobre o evangelho.

O Elder Ballard continua, dizendo:

“Porém, algumas dessas ferramentas – como ocorre com qualquer ferramenta em mãos inexperientes ou indisciplinadas – podem ser perigosas. A Internet pode ser usada para proclamar o evangelho de Jesus Cristo e, com a mesma facilidade, pode ser usada para vender a sujeira e a imundície da pornografia. Aplicativos como o iTunes pode ser usado para baixar tanto uma música edificante e inspiradora quanto o pior tipo de letra agressiva e cheia de palavrões. As redes de relacionamento social na Web podem ser usadas para ampliar amizades saudáveis com a mesma facilidade com que podem ser usadas por predadores que tentam atrair e aprisionar os descuidados. Isso não é diferente do modo como as pessoas escolhem usar a televisão ou filmes ou até mesmo uma biblioteca. Satanás é sempre rápido em explorar o poder negativo das novas invenções, em estragar, degradar e neutralizar qualquer efeito para o bem. Certifique-se de que as escolhas que você faz ao usar a Nova Mídia sejam escolhas que ampliem a mente, aumentem as oportunidades e nutram a alma.”

Em 2007, a NBC Television fez uma entrevista com o Elder Ballard, e ele segue:

“Alguns dias mais tarde, a história apareceu e, no segmento de 4 minutos que foi ao ar, havia uma curta citação de mais ou menos 6 segundos, tirada da entrevista de uma hora. Foi apenas o tempo suficiente para que eu testificasse de nossa fé em Jesus Cristo como o centro de tudo em que acreditamos. Repito, foram usados apenas seis segundos de uma entrevista de 60 minutos. Aqueles seis segundos são bem típicos, na verdade, para a mídia tradicional da TV, que pensa e põe no ar segmentos muito curtos. A grande diferença de antigamente para hoje em dia é que o repórter também colocou 15 minutos da nossa entrevista no site da NBC Nightly News. E aqueles 15 minutos ainda estão lá. Aquilo que dizemos não mais aparece e some da tela num instante, mas continua como parte de um arquivo permanente e pode aparecer em outros sites que reúnam o conteúdo. As pessoas que usam os mecanismos de busca da Internet para localizar tópicos sobre a Igreja encontrarão aquela entrevista e muitas outras. “

Temos, hoje, várias ferramentas de comunicação, entre elas o Facebook, Twitter, Google+, WordPress, Youtube. Um estudo da Universidade de Illinois, publicado em 2002, intitulado “Sobrecarga de Informação: Ameaça ou Oportunidade” apontou que um jornal impresso de hoje, domingo, possui mais informações que uma pessoa comum do século 17 iria ler em toda sua vida.

Social Media Logotype Background - O Evangelho na Internet e Mídias Sociais

Imaginem a quantidade de informação disponível através da internet.

A informação está disponível 24 horas por dia, e pode ser veiculada imediatamente, relatando notícias em tempo real.

Temos muito conteúdo ótimo e valioso na internet. Podemos considera-la como nossa nova enciclopédia. Temos acesso rápido a informações que, séculos atrás, era impossível de encontrar durante uma vida inteira.

Podemos usar a internet como uma poderosa ferramenta para transmitir notícias, informações, mas também nosso testemunho e conhecimento das escrituras.

O Evangelho na Internet e Mídias Sociais

O Elder Ballard menciona:

“Gostaria de dar outros exemplos de como os membros da Igreja estão usando a Nova Mídia.

Um membro da Igreja que mora no Meio-Oeste dos Estados Unidos faz um esforço coordenado para compartilhar o evangelho todos os dias, pessoalmente. Depois, ele escreve em um blog sobre seus esforços diários em partilhar os ensinamentos do Livro de Mórmon e em dar cartões da amizade a todos os que encontra. Seu esforço de compartilhar o evangelho de modo tão diligente é admirável, e seu esforço extra em escrever sobre isso sem dúvida inspira muitos outros a fazerem o mesmo.

Outros registraram e colocaram seu testemunho sobre a Restauração, os ensinamentos do Livro de Mórmon, e outros assuntos do evangelho em populares sites de compartilhamento de vídeo. Você também pode contar a sua história a não-membros dessa maneira. Use histórias e palavras que eles compreendam. Fale honesta e sinceramente sobre a influência que o evangelho tem exercido em sua vida, sobre como ele o ajudou a vencer fraquezas ou dificuldades e ajudou a definir seus valores. A audiência dessas e de outras ferramentas da Nova Mídia pode muitas vezes ser pequena, mas o efeito cumulativo de milhares de histórias assim pode ser grande. O esforço combinado com certeza compensa os resultados, mesmo que apenas algumas pessoas sejam influenciadas por suas palavras de fé e amor a Deus e a Seu Filho, Jesus Cristo.

A Restauração do evangelho de Jesus Cristo sem dúvida teve uma forte influência em sua vida. Em parte, ela moldou quem você é e como será o seu futuro. Não tenha medo de partilhar a sua história com outras pessoas – suas experiências como seguidor do Senhor Jesus Cristo. Todos nós temos histórias interessantes que influenciaram nossa identidade. Compartilhar essas histórias é um modo de falar com outras pessoas que não gera intimidação. Contar essas histórias pode ajudar a desmistificar a Igreja. Você pode ajudar a vencer concepções errôneas por meio de sua própria esfera de influência, que deve incluir a Internet.

Apóstolo Paulo admoestou-nos a não nos “[envergonharmos] do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação” (Romanos 1:16). Que fiquemos todos firmes e falemos com fé ao compartilhar nossa mensagem com o mundo. Muitos de vocês são ex-missionários e podem manter uma conversa significativa no idioma que aprenderam na missão. O alcance de sua influência pode ser internacional.

Ao participar dessa conversa e usar as ferramentas da Nova Mídia, lembrem-se de quem são: santos dos últimos dias. Lembrem-se, como diz o provérbio: que “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Provérbios 15:1). E lembrem-se de que a discórdia é do diabo (ver 3 Néfi 11:29). Não é necessário argumentar ou contender com outras pessoas em relação a nossas crenças. Não é preciso colocar-nos na defensiva ou tornar-nos beligerantes. Nossa posição é sólida; a Igreja é verdadeira. Precisamos apenas ter uma conversa, como fariam amigos na mesma sala, sempre guiados pelos sussurros do Espírito e constantemente recordando-nos da Expiação do Senhor Jesus Cristo, que nos lembra de como são preciosos os filhos de nosso Pai nos céus.”

Há aqueles que criticam a internet, principalmente o Facebook, que está no auge aqui no Brasil, por ser perda de tempo e fonte de fofocas. Concordo que várias pessoas gastem seu tempo com a internet e mídias sociais com coisas banais.

No entanto, é possível “curtir” páginas sobre política, filosofia, sobre a Igreja, sobre autores de obras literárias e músicas eruditas, jornais e inúmeras outras que postam, diariamente, notícias e informações que podem enriquecer nossas vidas e abrir nossos olhos para o que está acontecendo com o mundo e para ajudar-nos a fortalecer nossas crenças.

O Evangelho na Internet e Mídias SociaisHá inúmeros vídeos no Youtube, de indivíduos que ensinam como criar, tocar instrumentos, consertar aparelhos eletrônicos, aprender um novo idioma, etc.

Um ponto importante que gostaria de frisar é que nossos hábitos na internet aparecem para nossos amigos e pessoas que nos acompanham. Por isso, devemos ter cuidado ao escolhermos o que “curtir”, assistir, ler e postar. Não é somente o que podemos fazer em favor da Igreja que conta, mas também devemos nos precaver de participar de grupos ou postagens que sejam negativas.

Como exemplo, cito um grupo do Facebook que fez comentários ofensivos contra a comunidade japonesa no Brasil e, como consequência, todos os integrantes desse grupo foram colocados na lista negra do consulado japonês no Brasil, e sumariamente impedem que qualquer um desses indivíduos consiga um visto para ir para o Japão.

A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem investido em tecnologia como ferramenta para difusão do evangelho, e também como auxílio de ensino. Todos os anos, há uma conferencia focada em tecnologia, na cidade da sede da Igreja, Salt Lake City. Tal conferencia é a LDSTech.

Termino prestando meu testemunho, como profissional de tecnologia, que minha vida pode avançar grandemente por me focar em usar a tecnologia para meu crescimento, tanto profissional, pessoal, quanto espiritual. Aprendi muita coisa sobre a história da Igreja, e do mundo, por pesquisar a internet.

Afirmo que a internet e mídias sociais são bençãos em nossas vidas, se soubermos usá-la com sabedoria.

Referencias

Elder M. Russel Ballard, Compartilhar o Evangelho Usando a Internet, 15 de Dezembro 2007, Adaptado de um discurso proferido na Universidade Brigham Young-Havaí , disponível em http://www.lds.org/liahona/2008/06/34/1?lang=por

Bernhard Jungwirth e Bertram C. Bruce,  Information Olverload: Threat or Opportunity, Fevereiro 2002, disponível em http://www.readingonline.org/electronic/JAAL/2-02_Column/

Richard Alleyne, Welcome to the information age – 174 newspapers a day, 11 de Fevereiro 2012, The Telegraph, disponível em http://www.telegraph.co.uk/science/science-news/8316534/Welcome-to-the-information-age-174-newspapers-a-day.html

Página de aplicativos SUD disponíveis (somente em inglês): https://www.lds.org/pages/mobileapps?lang=eng

Site de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias http://www.lds.org/?lang=por

Porque não faço minhas visitas de mestre familiar?

Porque não faço minhas visitas de mestre familiar?

Porque não faço minhas visitas de mestre familiar?

Em um discurso proferido em uma reunião geral do sacerdócio da Igreja, o Presidente Ezra Taft Benson ensinou:

“Sinto-me motivado a falar-lhes do programa do sacerdócio que foi inspirado desde sua criação” um programa que toca corações, que muda vidas e que salva almas; um programa que tem o selo de aprovação do Pai Celestial; um programa tão vital que, se for seguido, vai ajudar a renovar espiritualmente a Igreja e exaltar seus membros e suas famílias.”

Esse programa é o de Mestres Familiares. Instituído desde os primeiros anos da restauração do evangelho, mas muitas vezes negligenciado pelos membros do sacerdócio.

E Por que essas visitas não são feitas? Seguem alguns dos motivos:

TEMOR DE FALAR EM PÚBLICO

Apesar de não ser considerado um grande público, uma família visitada se torna um público. Os sintomas fisiológicos relacionados ao temor de falar em público incluem suor, dificuldade em respirar, gagueira, torpor de pensamento, tremedeira, etc. Em alguns casos, esse temor pode ser tamanho incomodo para o mestre familiar que esse acaba por não fazer nenhuma visita, para não ter que experimentar os sintomas novamente.

MEDO DE RESPONSABILIDADE

As famílias visitadas são responsabilidade da dupla de mestres familiares. O bem estar financeiro, emocional e mesmo social das famílias deve ser analisado e sua manutenção acompanhada. Para alguns, saber dessa responsabilidade, se torna um peso emocional muito grande e causa pavor e medo.

MEDO DE ENSINAR

Relacionado ao temor de falar em público, o medo de ensinar é mais comum em duplas que visitam membros com mais tempo de igreja, com mais conhecimento, ou de cargos mais importantes na ala ou estaca. Como que o mestre familiar deve ensinar uma família que está tão firme no evangelho, ou que sabe tão mais que o próprio mestre familiar?

FALTA DE TREINAMENTO EM COMO FAZER VISITAS

Não existe receita de bolo. Normalmente, uma oração para abrir e outra para finalizar a visita, uma conversa sincera para verificar a situação espiritual, emocional, financeira e social da família, uma breve mensagem, muitas vezes da Liahona. Mas, nada impede que seja somente um momento de descontração, de amizade, de fortalecimento de laços.

TIMIDEZ

Dependendo da personalidade do mestre familiar, a timidez pode ser tênue ou acentuada. Em qualquer instancia, a timidez pode ser minimizada pelo convívio. As primeiras visitas sempre são as mais incomodas, mas com o tempo, quando a amizade se solidifica, a timidez desaparece.

FALTA DE CONHECIMENTO DO EVANGELHO

A falta de conhecimento está relacionado ao medo de ensinar, pois para muitos, o evangelho ainda não é tão claro. O testemunho é claro, aquele sentimento de segurança que o evangelho é verdadeiro, que Jesus é O Cristo, que Joseph Smith restaurou a verdade, que o Livro de Mormón é a palavra de Deus, que a Bíblia é a palavra de Deus. No entanto, um estudo completo de toda doutrina, das escrituras, o conhecimento da estrutura da igreja, do sacerdócio, leva anos de estudo e dedicação. Para alguns, esse caminho ainda está sendo trilhado e, portanto, temem não saber o suficiente para serem capazes de ensinar outrem.

FALTA DE TEMPO

Talvez o pior e maior problema dos nossos dias. Todos estamos atrás de pagar as contas, estudar, criar nossos filhos, meditar, aprender, e assim por diante. Gosto de comentar o paradoxo do tempo: Se formos fazer tudo que nos dizem que devemos fazer “” escovar os dentes 3 vezes ao dia, usar desinfetante bucal; estudar as escrituras, cuidar da casa, fazermos exercícios, trabalharmos 8 horas por dia, cuidarmos de nossos filhos, estudarmos algum assunto do nosso interesse, etc, o dia teria que ter 48 horas.

Portanto, conseguir fazer tempo para visitas de mestre familiar exigem disciplina e força de vontade.

Em qualquer uma dessas situações, podemos procurar o apoio de nossos líderes, do Senhor e do Espírito, através de oração, jejum e estudo.

Não podemos tratar o ensino familiar com pouco caso. O chamado do ensino familiar deve ser aceito como se tivesse feito pessoalmente pelo Senhor Jesus Cristo.

O trabalho de Mestres Familiares é um dos alicerces da ala. Quando fortalecemos nossos elos, entre famílias, podemos fortalecer nossa ala.

Os mestres familiares podem: … certificar-se que a igreja se reúna amiúde e também certificar-se que todos os membros cumpram seus deveres” (D&C 20:53-55).

“…visitar a casa de todos os membros, exortando-os a orarem em voz alta e em segredo e a cumprirem todas as obrigações familiares” (D&C 20:51).

Mesmo se nunca fomos visitados, podemos melhorar nossa espiritualidade e gratidão ao Senhor visitando nossos irmãos da ala.

Pierre Beaumarchais disse:

“Só nos interessamos pelos problemas dos outros quando os nossos não nos preocupam.”         

Apesar de não ter encontrado a referência, lembro da história do pai que não consegui acalmar o recém-nascido, que chorava de fome, num trem. Os outros passageiros aguentaram pacientemente, mas acabaram por se irritar com o rapaz ordenando que fizesse o choro irritante parar. Com lágrimas nos olhos, o pai exclamou que não conseguia, pois estava na hora da criança mamar, mas a mãe estava num caixão, no vagão de trás.

Nessa hora, os outros passageiros perceberam sua falta de empatia, se enterneceram e começaram a se oferecer a ajudar o pai desesperado.

O evangelho nos ajuda a abrir nossos olhos e enxergar o amor de Cristo. Mesmo com todo o sofrimento dele, tudo que Ele fez foi por nós!

Que possamos ver os problemas dos outros e percebemos que nossos problemas não são tão grandes.

Onde for possível, os mestres familiares visitam os membros em casa pelo menos uma vez por mês. Os mestres familiares também procuram outras maneiras significativas de zelar pelas famílias que lhes foram confiadas e de fortalecê-las. Eles podem, por exemplo, prestar serviços í  família ou entrar em contato com os membros da família por correspondência ou telefone.

Os mestres familiares representam o Senhor, o bispo e os líderes do quórum ou do grupo. Podem ser uma importante fonte de ajuda para os membros. Eles consultam o chefe da casa para informarem-se das necessidades da família e sobre como podem ser mais úteis.

Os mestres familiares se informam dos interesses e das necessidades dos membros da família e se lembram de acontecimentos especiais na vida deles.

Quando necessário, os mestres familiares ajudam os pais a assegurarem-se de que os filhos sejam abençoados, batizados e confirmados. Também podem ajudar os pais a assegurarem-se de que o Sacerdócio Aarônico e o Sacerdócio de Melquisedeque sejam conferidos aos filhos homens e que sejam ordenados aos ofícios do sacerdócio na idade certa.

Os mestres familiares oferecem ajuda quando o membro está desempregado, enfermo, solitário, de mudança ou com outras necessidades.

Os mestres familiares ajudam os membros a fortalecer a no Pai Celestial e em Jesus Cristo e os incentiva a fazer e guardar convênios sagrados. Esse serviço é particularmente importante para os membros novos e para os membros menos ativos.

Os mestres familiares marcam suas visitas em horários convenientes para as pessoas e famílias. Devem lembrar-se de que são convidados dos membros a quem visitam.

Em conclusão, afirmo que o programa de mestres familiares tocam os corações, fortalecem laços de amizade e elos entre líderes e famílias. Caso tenha dificuldades com suas visitas, procure seu Bispo, presidente do Quórum, Sumos Sacerdotes, ou mesmo líderes da Sociedade de Socorro, para as professoras visitantes.

Ler também http://www.lds.org/topics/home-teaching?lang=por